sexta-feira, junho 18, 2004

o rei Santana

Santana, a sardinha chegou-te ao nariz. "A Avenida da Liberdade é para eventos especiais, como o 25 de Abril e acontecimentos desportivos". Duas semanas depois das lentejolas dos marchantes dos bairros populares Santana Lopes proíbe a marcha de orgulho LGBT de passar pela Avenida da Liberdade. Esta marcha, inciativa mundial que assinala o 28 de Junho-data sanfrenta que marca também o início do movimento pelos direitos de homossexuais, é um símbolo desse movimento que se constitui e traduz exactamente pela VISIBILIDADE da diversidade de opções/orientações sexuais. Querer proibi-la no sítio central das manifestações de Lisboa e remetê-la "para outros sítios da cidade como o Monsanto" é ir contra o objectivo primordial desta marcha/manifestação.É querer torná-la invisível bem como os seus objectivos políticos.
Santana Lopes sabe que esta marcha não é um Love Parade. Santana Lopes o ano passado tentou colar a marcha ao Love Parade. Santana Lopes devia saber que a cidade não é sua apesar de todos os cartazes, Santana Lopes não sabe que assim dá maior visibilidade às questões e lutas dos gays,lésbicas, bissexuais e transgenders. Também não saberá que em muitas cidades pelo mundo fora os presidentes das autarquias onde estas acontecem têm orgulho em juntar-se-lhes e têm orgulho em que elas acontecam na cidade que representam politicamente.

Santana Lopes colocou cartazes no Martim Moniz depois da demissão do patético Chefe da Polícia Municipal a dizer: Martim Moniz:espaço de encontro entre culturas. Esperemos agora da Câmara Municipal de Lisboa um cartaz na Avenida a dizer: Avenida da Liberdade que o sr. presidente julga ser sua. Não a liberdade mas a rua. Liberdade para dizer Santana Rua.

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