sexta-feira, agosto 27, 2004

A linguagem

Este é meu primeiro post não imediato. Só para experimentar da estranheza da escrita em papel, prévia, que contraria a sensação de perigo, sem mediações, da folha virtual, on line. Escrever fora da linha é, assim, uma forma de traição a esse(este)espaço que vive ou respira de formas e propósitos novos. Comunicação anti-perene, assente numa matéria (suporte) que não desdobramos, não sentimos, não controlamos apesar do código ser(aparentemente) o mesmo. A gravura paleolítica não era também determinada pela pedra? O utensílio, o papiro, o bambu, o estilete são também a forma e daqui a ideia. O que é um caracter chinês?
Que códigos despontarão destas ciber bandas largas de bytes? Que força terá o papel quando olhamos para o ecran em branco? A mesma que as árvores balouçando numa janela aberta ao lado do monitor. E o futuro questionará dedo e dígito procurando saber quem antecedeu quem (em correntes pouco dialécticas)