sexta-feira, abril 27, 2007

o tempo suspende-se de novo, o dia de ontem parece ter sido há uma eternidade, apesar das folhas virarem na agenda e as outras já encherem as árvores. O tempo obriga-nos de novo, talvez o tenha feito desde sempre ainda que não soubessemos, ao confronto. Deixo-o vencer já, entrego-lhe a vida e os ossos antes que ele me transforme num saco deles ou sorrio-lhe por cima do ombro. O que vamos fazer um com o outro meu caro?

quarta-feira, abril 18, 2007

11#2

Sim, foi naquela esquina. Fiquei na dúvida, talvez, por alguns minutos, depois dias, se tinhamos sido realmente nós quem se tinha visto. Mais tarde, ainda, lembrei-me que na esquina oposta tinha um dia encontrado, quase da mesma forma, porque aqui confirmá-mo-nos, a pequena M. A cidade ou aquela esquina tem destas coisas.
O mais estranho no teu gesto foi parecer que me esperavas. Assim que puder regresso. Não vai passar outra década.

terça-feira, abril 10, 2007

o onze

Aprendi que o 11 significa a ligação entre o céu e a terra. E já sei porque é que tantas vezes são 11h11 quando olho para um relógio digital.
Entre as sinuosidades do teu nome imiscuiu-se uma terna e portentosa pantera. Seguiu o seu caminho para o sul. "Não troques o que amas pelo que desejas" mandam-me em mensagem a ser libertada dentro de poucos minutos, aqueles antes de nos explodir algo nas mãos, ou na boca, ou no coração. O que estiver mais a jeito.
Estou com um pouco de frio pelas costas apesar dos dias ficarem maiores e aumentarem com eles a nossa esperança.