terça-feira, setembro 23, 2008

Depois de Edviges ter deixado cair o meu coração cairam estantes com tudo atrás, rebentaram canos e chão. Caiu óleo negro no sofá, cairam pedaços de dentes da minha boca. Minha. Pus-me em bicos de pés e beijei-lhe a face branca. Branca. Como nenhuma outra face. Edviges deu-me figos. Fechou-me a porta na cara. E saudou-me luminosa na subida para o guindaste no início de um dia claro. Lá em baixo os contentores, à espera que os arrume, que os empilhe, não caem.

Sem comentários: