quinta-feira, agosto 21, 2008

No dia seguinte ao meu furto a dona da Figueira veio oferecer-me duas mãos cheias deles. Estes verdadeiramente no ponto. Comi e ofereci. Penso em Rapunzel, tem as tranças cortadas mas uns braços suficientes para me puxar. Conheço tantos começos de estradas, muito maiores que a maioria dos seus caminhos. Atafulhados por tudo menos as silvas e amoras e todos os insectos inesperados que partilham do pó e da água. Caminhos que se vão atravancando de contingências até se transformarem no inferno que os seres humanos tão prodiga e infatigavelmente criam.

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