quinta-feira, novembro 22, 2007

Aproximadamente um ano a esta parte encontrei S. na beira do rio. Hoje, a esta distância e neste lugar julgo que adoeci por ter abandonado, não por querer mas porque a vida me desobrigou, com a garganta seca aquele lugar, onde ainda veio a balouçar um sorriso teu. Ficou preso à margem, sem conseguir que eu o desamarrasse. Vogando sobre as ondas quase inanimadas, no mesmo lugar. É aí que o encontro, faz-me lembrar o primeiro e um poema do O`Neill.
Aqui podíamos entregar-nos a toda a sorte de pensamentos. A melancolia era permitida, incentivada, reconfortante. Não havia gente a fingir-se feliz e isso, só por si, já era uma enorme felicidade.
Havia o receio de que os rigores do Inverno pudessem isolar a montanha e deixar-nos com menos mantimentos ainda do que a quantidade parca que nos anunciava desde o Verão o agudizar da crise. De qualquer forma tirando um ou outro a tranquilidade do hospital era inquebrável como se um grande urso fizesse os preparativos para o magnífico sono
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