sábado, setembro 20, 2003

Há dias que são desertos. Mais do que dias porque se prolongam com o seu próprio calendário, com a sua própria forma temporal sem que para isso pudessemos fazer algo. Apetecia-me escrever cartas a esses dias para que lá as pudesse ler sem saber sequer que as tinha escrito. Animava o sobrolho, temperava-lhe a vista. Enganava esses dias. Ainda assim será preferível a ilusão ao deserto.

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