terça-feira, novembro 23, 2004

o mural

a tinta parece ter secado, como os murais antigos onde colaram cartazes do circo cardinalli o natal passado e por cima deles a vinda do dalai lama e depois os outros cartazes que foram encarquilhando, descorando, secando da chuva ao sol. Mas como caiar a parede com dois corações aqui dentro. Este bombear no peito, este sangue veloz, ensurdecem-me de alegria.

sábado, novembro 06, 2004

Foi há nove anos. Morria de amor. Desde aí todas as mulheres têm o teu nome.

terça-feira, outubro 12, 2004

não abandoneis vossos postos

A cidade aquietou-se. Sosseguei-me nela. O Outono é a melhor altura para fazer as pazes. Passei a acordar para descobrir a tonalidade do céu. É possível encontrar-lhe novidades. Retoma-se a vida num ponto qualquer, ainda indistinto. Cheio daquilo que fomos depositando de querer ao longo do tempo. Ainda que diste daqui parece vir buscar-nos ou lembrar-nos que existe,com a mesma força do quotidiano.

terça-feira, setembro 21, 2004

Setembro outra vez

Basta o café ser mau para o refresco não prestar. A cidade continua nauseabunda, os seus cheiros encostam-me à parede. O tempo deixou de vir às golfadas conhecidas, algo misterioso o interrompeu. Não sei se é agora que o universo passa a ter o meu ritmo, se continuo a segui-lo.
Não sabemos, muitas vezes, como aqui chegámos, sabemos que aqui estamos, de quando em quando, quando a realidade nos atravessa a estrada e nos encosta à berma. Depois, se prosseguissemos como os restantes animais, dormindo, comendo, lambendo as feridas. Não, os homens não continuam, basta retirar-lhes o hábito ou a esperança. Passam a dormir mais ou menos do que precisam, a comer mais ou menos do que precisam, deixam de lamber as feridas.

segunda-feira, setembro 06, 2004

sinto-me num país estrangeiro, numa cidade que não conheço, as esquinas familiares como numa fotografia são como uma estação de rádio qualquer em playlist contínua. A luz congelou as sombras e apesar do amanhecer e anoitecer fiquei ali. Em nenhures.

sexta-feira, agosto 27, 2004

A linguagem

Este é meu primeiro post não imediato. Só para experimentar da estranheza da escrita em papel, prévia, que contraria a sensação de perigo, sem mediações, da folha virtual, on line. Escrever fora da linha é, assim, uma forma de traição a esse(este)espaço que vive ou respira de formas e propósitos novos. Comunicação anti-perene, assente numa matéria (suporte) que não desdobramos, não sentimos, não controlamos apesar do código ser(aparentemente) o mesmo. A gravura paleolítica não era também determinada pela pedra? O utensílio, o papiro, o bambu, o estilete são também a forma e daqui a ideia. O que é um caracter chinês?
Que códigos despontarão destas ciber bandas largas de bytes? Que força terá o papel quando olhamos para o ecran em branco? A mesma que as árvores balouçando numa janela aberta ao lado do monitor. E o futuro questionará dedo e dígito procurando saber quem antecedeu quem (em correntes pouco dialécticas)

segunda-feira, julho 19, 2004

nada mais será como dantes

num relance rápido perto do teatro onde trabalha, descubro quem num relance lento numa imagem da tv reflectida no espelho do único café possível no mundo, aquele onde nos sentávamos sem nenhum tempo que não o nosso,  me descobriu entre diálogos mudos de telenovela, e há dias nesse relance confirmado pelo retrovisor descubro que a juba voluptuosa vermelha tinha abandonado a caçadora que, muito antes da telenovela, eu havia descoberto. Que desfaçatez . Foi pior que vê-la a beijar a Isabelle Huppert.



quinta-feira, julho 01, 2004

Portugal o caralho, a minha pátria é a dos desgraçados, dos desapropriados.

quarta-feira, junho 30, 2004

querias não querias?

"É como estar numa ilha deserta
olhar em volta e gritar àgua à vista
é como estar debaixo de uma palmeira

ao sol tropical, tropical
não há quem resista

baiá baiá baiá baié
jingle tónico
gin
gin gin
jingle tónico

é como deitar os cubos de gelo
no copo da tónica dois dedos de gin
é como sentir o amargar do limão
teus lábios beijando
e cantando assim:
baiá baié baiá
baiá baié baiá

jinlge tónico
gin gin gin
jingle tónico

é como estar de papo para o ar
olhar o azul e a areia
é como sentir o tempo parar
o céu tropical tropical uhhh
quando há lua cheia
baiá baié baiá
baiá baié baiá"
Doce (António A. Pinho/Nuno Rodrigues)

(...)

"Vem cá, gelado não dá
com sabor a limão
vem cá, gelado só dá
se estiver perto do meu coração

vá lá, tão frio que está

se está, dá-me a tua mão
vá lá, que frio só dá
outono no meu coração

Quero estar perto, bem perto
do calor que tens para dar
quente quente quente quente
até queimar!!

Gelado Gelado
Não vás por aí
por onde vais
frio frio frio
Está morno está morno
estás quase a chegar ao pé de mim
Quente quente quente
até escaldar enfim (...)"
Doce (António A. Pinho/Tozé Brito)

sexta-feira, junho 25, 2004

descobertas

fiquei a saber como era se todos os meus vizinhos gritassem ao mesmo tempo.

segunda-feira, junho 21, 2004

errata

não proibiu mas gostava, santana deu a sua opinião que aproveitou para partilhar com o governo civil.
o ano passado investiu turbinas de dinheiro no electro parade, o tal que tentou colar à marcha lgbt sem, no entanto, o conseguir. "..o S. Pedro está-se a acabar...S. João S. João S.João, dá cá um balão para eu brincar"

sexta-feira, junho 18, 2004

o rei Santana

Santana, a sardinha chegou-te ao nariz. "A Avenida da Liberdade é para eventos especiais, como o 25 de Abril e acontecimentos desportivos". Duas semanas depois das lentejolas dos marchantes dos bairros populares Santana Lopes proíbe a marcha de orgulho LGBT de passar pela Avenida da Liberdade. Esta marcha, inciativa mundial que assinala o 28 de Junho-data sanfrenta que marca também o início do movimento pelos direitos de homossexuais, é um símbolo desse movimento que se constitui e traduz exactamente pela VISIBILIDADE da diversidade de opções/orientações sexuais. Querer proibi-la no sítio central das manifestações de Lisboa e remetê-la "para outros sítios da cidade como o Monsanto" é ir contra o objectivo primordial desta marcha/manifestação.É querer torná-la invisível bem como os seus objectivos políticos.
Santana Lopes sabe que esta marcha não é um Love Parade. Santana Lopes o ano passado tentou colar a marcha ao Love Parade. Santana Lopes devia saber que a cidade não é sua apesar de todos os cartazes, Santana Lopes não sabe que assim dá maior visibilidade às questões e lutas dos gays,lésbicas, bissexuais e transgenders. Também não saberá que em muitas cidades pelo mundo fora os presidentes das autarquias onde estas acontecem têm orgulho em juntar-se-lhes e têm orgulho em que elas acontecam na cidade que representam politicamente.

Santana Lopes colocou cartazes no Martim Moniz depois da demissão do patético Chefe da Polícia Municipal a dizer: Martim Moniz:espaço de encontro entre culturas. Esperemos agora da Câmara Municipal de Lisboa um cartaz na Avenida a dizer: Avenida da Liberdade que o sr. presidente julga ser sua. Não a liberdade mas a rua. Liberdade para dizer Santana Rua.

quinta-feira, junho 17, 2004

a militância

"A unica força que pode mandar abaixo essa estrutura de opressao tacanha e de desigualdade brutal que é o capitalismo em portugal, é o desejo intenso e irreprimivel, difuso pela multidao que se acotovela nos transportes publicos, de viver uma vida sem patroes nem horàrios, policias ou constrangimentos, competiçao constante e necessidade permanente. E a inteligencia social que se pode desenvolver nesse desejo é o programa, a estratégia e a tàctica que derrubarao todas as bastilhas e tomarao todos os palàcios de inverno (ok, a este ponto começo a levar demasiado a sério a minha pròpria narrativa - deem um desconto).
Queremos tudo. Teremos tudo. Seremos tudo. Nenhuma pequena batalha, todas as guerras civis. Nenhum trabalho que nao seja para acabar com o trabalho. Nao votar, mas sim governar. Nao aceitar como normal o que acontece, apenas porque acontece todos os dias. Viver intensamente, agora.
Tudo isto, que tantos querem, parece distante apenas porque se escolhe o ponto de vista errado - o da militancia.
Todas as revoluçoes até hoje foram uma festa que veio subverter o realismo dos militantes, sempre ocupados com as pequenas escaramuças e sempre tao distantes dos grandes confrontos. Se olharmos com mais atençao para o enredo, percebermos que o combate é permanente e as derrotas constantes. Os derrotados, pragmaticamente, recusam arriscar um confronto de grandes proporçoes que sabem nao poder vencer neste momento. é preciso aprender com esse pragmatismo e deixar de lhe chamar passividade. A unica passividade é a de quem festeja alegremente os resultados eleitorais.
Là onde todos os dias se morre um pouco, no trabalho como fora dele, està a linha de combate e o espaço onde erguer as barricadas. Nao para instaurar um governo do proletariado.Mas para acabar com todos os governos e com o proletariado."
in Bologna Nihil

domingo, junho 13, 2004

uma coluna no jornal para cada contribuinte

Na semana passada Eduardo Prado Coelho escreveu, na sua crónica diária, uma carta aberta à Ministra das Finanças para contar o insólito de um caso, neste caso, o seu. Comprou uma casa e dirigiu-se a uma repartição das finanças para pagar a ex-sisa,o IMT (imposto municipal sobre transacções onerosas). A conselho de um funcionário foi pagá-lo aos ctt. Na escritura a notária não aceitou a declaração dos correios (a isto eu chamo defesa de corporação): queria uma da administração fiscal. E Eduardo teve de pagar novamente o IMT. E a sua crónica continua a denúncia feroz, seguidamente uma chamada telefónica do Ministério das Finanças para os CTT para que cancelem o cheque. Sem coluna diária Eduardo teria de esperar largos meses(anos?) até que lhe fosse devolvido a quantia excedente que pagou ao Estado.
Lembrei-me, a propósito disto, de uma crónica de José Milheiro no Público onde relatava a morte da mãe entre compassos de espera e mau atendimento nos hospitais públicos.

quinta-feira, junho 03, 2004

agora que chegas já vais

sucede que mal dei pela Primavera ela estava de partida. Estações intermédias para onde ides? Vós que sois as mais ternas porque passam assim tão desapercebidas, porque nos acordam na despedida. Quem poderá agora gozar temperatura alta e rebrilhante quando não se fez anunciar e nos atropelou de rompante. Acabaram os pontos de interrogação, fiquemos por ora nas exclamações reticentes.

terça-feira, maio 25, 2004

Agostinho da Silva

Colóquio Internacional
Agostinho da Silva e o Pensamento Luso-Brasileiro
27 e 28 de Maio
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

"Português que viva apenas para Portugal, como acho que queria o Velho do Restelo, não tem significado algum nem vale a pena existir no mundo; temos de viver para o universo ou seremos inúteis"

sexta-feira, maio 21, 2004

divórcios

Assinada uma concordata entre Estado Português e Vaticano sem que o texto fosse conhecido, discutido.
Feita uma revisão constitucional sem que tenha havido discussão públlica, sem que o comum de nós saiba ou chegue a proncunciar-se sobre o que revisto. Experimentem ir a uma escola pública e procurar um exemplar do código mais importante do país na biblioteca. Experimentem ir ao site do governo, da AR, para procurar o texto contitucional pós-revisão. Não existe. Não há.
A menos de três semanas das eleições para o parlamento europeu, as campanhas estão na rua. Os mass media também não. Os augúrios de uma grande abstenção não se substituiram à procura de um caminho diferente.
É portanto uma grande anedota (sem piada) o discurso preocupado sobre o divórcio entre política e cidadãos, entre classe política e representados, entre o governo da coisa pública e os governados. Se não for anedota é porque interessa realmente este divórcio.
O presidente da República tem responsabilidades acrescidas nesta matéria porque não se pode zelar pela República e sua Constituição, distribuir pelo país o discurso da necessidade do aprofundamento da democracia e promoção da cidadania, enquanto tudo isto se passa nas nossas costas.

quinta-feira, maio 20, 2004

NEM ESTA CONCORDATA, NEM QUALQUER OUTRA!

Dentro de dias, mais precisamente a 18 de maio próximo(data do aniversário de Karol Wojtyla, o actual Papa João Paulo II), o Estado Português e a Santa Sé formalizam a assinatura de uma nova Concordata, um convénio que, uma vez aprovado pela Assembleia da
República e ratificado pelo Presidente da República,passará a vigorar em substituição da antiga (aindavigente?) Concordata salazarista de 1940.

Iniciadas em 2001, no seguimento e em consequência da aprovação da “Lei de Liberdade Religiosa”, as negociações que conduziram à fixação dos termos daquele acordo desenvolveram-se de modo secreto e é assim que, nas vésperas da sua assinatura formal, os
portugueses continuam oficialmente ignorantes do conteúdo do novo «tratado» que passará a vincular o Estado Português –todos nós, portanto– e a Santa Sé.

Sem condições para comentar, na sua inteira extensão e especialidade, os termos do trato específico que o país se vai comprometer a manter, quer com aquela «entidade externa», quer com a «comunidade católica nacional», a associação cívica República e Laicidade,
estribada nas posições de princípio que defende, pode,contudo, afirmar-se frontalmente adversa à existência daquela convenção pelas razões e com os fundamentos
seguintes:

1. Se é verdade que, pelos acordos de Latrão(estabelecidos com Mussolini, em 11 de Fevereiro de 1929), o Vaticano se passou a assumir como uma entidade independente do Estado Italiano e que, em termos internacionais e para alguns efeitos práticos,
a Santa Sé se passou a afirmar como uma entidade equiparada a um «Estado Soberano», verdade também é que essa entidade – o governo central da comunidade dos católicos e a sua sede – não reúne, de todo, as condições de território, de população, de legitimidade
política, de governança, etc. para poder ser considerada como uma entidade efectivamente
equiparável a um «Estado» com quem a República Portuguesa possa (deva) estabelecer «tratados internacionais» ou quaisquer acordos de estatura e
estatuto similar.

2. Sendo bem claro que o actual sistema constitucional e jurídico português constitui um enquadramento suficiente para garantir o exercício pleno da liberdade de credo e de culto dos cidadãos, bem como os seus direitos de associação e de expressão, claro
também se torna que a Concordata – a nova, tal como a velha – só ganha sentido porque, ao arrepio do princípio republicano e constitucional da absoluta igualdade dos cidadãos perante o Estado e a Lei, vem estabelecer/restabelecer e definir/confirmar no espaço
cívico-jurídico nacional um estatuto específico e um quadro especial de tratamento favorável – um regime de «discriminação positiva», de privilégio e de
favorecimento, portanto – que o nosso país se compromete a reconhecer e a aplicar à sua «comunidade católica».

17-05-2004

Luis Manuel Mateus
(Presidente da Direcção)
republaicidade@yahoo.com

terça-feira, maio 18, 2004

vou deixar de tentar ter piada e falar de coisas sérias. Pois é tão insuficiente como positivo a nossa constituição proibir de ora em diante discriminações com base na orientação sexual. contituição a quanto obrigas? a quem obrigas?
Em Espanha PS defende o casamento entre homossexuais, em Massachusett centenas de casais já o fazem, desde ontem, e aqui ficam algumas razões em como pode muito bem ser uma "Felicidade ser-se Filho de Homossexuais"

1. Ser-se filho de/e crescer com gente corajosa
2. Ser-se muito desejado, os preconceitos e a dificuldade da opção a isso obrigam
3. Crescer com o re/conhecimento da diversidade, aprender-se na diversidade,seja ela qual for
4. Ser-se filho de gente livre e não patuscamente submissa
5. .....
6. ....
7. ....

sexta-feira, maio 14, 2004

COMUNICADO À IMPRENSA DA SOBREIRO19

As notícias recentemente vindas a público sobre a pretensão de Bagão Félix
e do Governo, de modificarem a forma de atribuição do subsídio de desemprego
merecem o nosso profundo repúdio.

Apesar de toda a demagogia que encobre a patranha vertida na lei fica claro que o Governo:
1. Quer diminuir o tempo que os trabalhadores têm direito ao subsídio de
desemprego.
2. Quer introduzir novas formas de retirar o subsídio de desemprego a quem o
tem, nomeadamente através da deslocalização do desempregado para mais de 40
km e da introdução de condições absolutamente subjectivas como emprego
adequado
3. Quer misturar dois direitos diferentes dos trabalhadores com o objectivo de
lhes sonegar dinheiro: o direito a uma indemnização, devida por rompimento de
um vínculo contratual e o direito a um subsídio de desemprego para o qual o
próprio trabalhador descontou.

É preciso que se diga que:
1. A esmagadora maioria dos chamados acordos de rescisão de contrato por mútuo
acordo resultam em verdade de despedimentos efectivos para os quais muitas
vezes os trabalhadores foram alvo de ameaças, de chantagens e transferências
de local de trabalho, de retirada de trabalho... feitas por parte e sob o
interesse das entidades patronais.

2. O Governo nunca fala nas dívidas do patronato à segurança social -
muitas vezes ficando com o próprio dinheiro que foi descontado aos
trabalhadores - que se arrastam há muitos anos e que andará perto dos 2
milhões de euros (400 milhões de contos). Aqui já não há "boca cheia"
de combate à fraude.

3. Seguramente mais de 200 mil trabalhadores não recebem qualquer apoio à sua
situação de desemprego e muitos são os que acabam perdendo subsídio de
desemprego e subsídio social de desemprego sem que consigam encontrar trabalho
- esses são os problemas que urge resolver, nomeadamente:
a. Diminuindo o tempo de desconto necessário para que seja possível ter acesso
ao subsídio de desemprego (deveria ser de 30 dias em um ano - devido à
precariedade crescente)
b. Introduzindo um novo subsídio para quem não consegue encontrar novamente
trabalho (o que acontece muito aos trabalhadores com mais de 45 anos - velhos
para trabalhar, novos para a reforma) a exemplo do que sucede na França.

E há soluções eficazes para financiar a segurança social: basta alterar a
fórmula de pagamento das entidades patronais, deixando de ser 23% por cada
trabalhador, e passando a ser em função do volume de negócios das empresas.
O que também seria um fomento à criação de emprego!

Sob a capa cínica da moralidade, as intenções governamentais são absoluta
barbaridade. Algo a que os movimentos sociais, os sindicatos, os partidos da
oposição e, muito em particular o Presidente da República, precisam de se
opor.

A Direcção da Sobreiro19
Associação de Solidariedade com as Vítimas das Falências

contactos: Lisboa-Vitor Franco - 966 082 281 / Porto-Joaquim Dias - 963 533 479



Filantropia com molho champallimong`s não abre as portas do céu. Mesmo que acompanhe com vinho de cepa luso-brasileira a digestão deste prato abrirá séculos de investigação interminável. O benemérito não deixa assim fundos suficientes até que se consiga descobrir a fórmula de abrir-lhe o céu. A provedora Leonor Beleza procurará multiplicar esta maquia investindo nas universidades e respectivas fundações que juntará à que criou em Oeiras quando esteve há meia dúzia de anos no governo. Deverão ser suficientes para contratar os futuros e actuais desempregados da U. Moderna.

sábado, maio 08, 2004

As revisões constitucionais, apesar de feitas à socapa e longe das discussões públicas também trazem destas coisas boas, pena que se vá juntar a tantas outras figuras de retórica poética a que está confinada a Constituição.

Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

sábado, maio 01, 2004

Agostinho da Silva tinha razão, o caminho era cada um de nós tornar-se santo, e termos essa obrigação como horizonte mas "ninguém se fará santo com o pecado dos outros"e aqui é que a porca torce o rabo (e porque não o porco alguém me explique?)

terça-feira, abril 27, 2004

tanta coisa para fazer por estes dias de comemorações, paradas militares de garbo bélico com vaias oportunas ao governo, sessões solenes, pinturas de R`s em cartazes, que uma pessoa mal sabe por onde escolher, talvez a iniciativa a não ter perdido tenha sido a inauguração por Durão Barroso, na assembleia da república, de uma galeria de retratos de primeiros-ministros, há mais bela maneira de festejar o dia em que o povo saiu à rua? à mesma hora, em vez de retratos pessoas, perto de 50 mil, desfilavam pela cidade quente.

quarta-feira, abril 14, 2004

sábado, abril 03, 2004

Entretanto o Bloco de Esquerda comemorou 5 anos e recebeu como prenda um editorial do Público. A esquerda regozija com as palavras do intrépido José Dar-wader Fernandes. Já estamos aliás no fim do domínio dos Josés na Ibéria. E os estertores serão agudos, nem o Saramago escapa.
Ariel Sharon, em entrevista a jornal, apontou Arafat como responsável directo em acções terroristas e desaconselhou companhias de seguros a fazer-lhe um seguro de vida. Um sério candidato ao troféu de branco-mais-branco-não-há e à categoria Cínico no troféu dos assassinos-do-ano.

quarta-feira, março 24, 2004

Hamas retira ameaça a EUA, Publico
"(...)Não podemos escapar à acusação: tornámo-nos um povo assustador-porque nesta década fizemos do assassínio uma técnica importante da política doméstica.
Tornámo-nos um povo assustador-porque durante três anos devastámos um pequeno país no outro lado do mundo,numa guerra que não tem relação proporcional à segurança e interesses nacionais.
Assustamos ainda-porque muitos no mundo suspeitam da conexão sugerida por aquele devoto amigo e estudioso da América sir Denis Brogan: "temos nós a certeza de que é por simples acidente que a nação onde se cometem mais crimes no mundo foi a primeira e única a lançar a bomba atómica?"
Somos, sobretudo, um povo assustador, porque as atrocidades que cometemos, no solo pátrio ou no estrangeiro,mal parece, mesmo agora, terem provocado a nossa hipocrisia oficial ou perturbado a nossa convicção transcendente de infalibilidade moral.(...)"

Arthur M. Schlesinger Jr.
A Crise de Confiança- Ideias, Poder e Violência na Amérioca, 1968
José Lamego explicou-nos, em entrevista a Maria Avillez, que valores ocidentais são ameaçados pelo terrorismo: a separação entre Estado e Religião, a igualdade entre homens e mulheres. Nesta lógica é interessante verificar que EUA escolheram atacar, invadir e ocupar o pais mais laico entre os países árabes, com a justificação, assumida claramente pós verificação da não existência de armas DM, de lutar contra o terrorismo. Tudo isto acompanhado pelo grito do imperador: In God we Trust!
O assassinato bárbaro esta semana do líder do Hamas pelo aliado dos EUA em Israel está incrito com o lacre do combate ao terrorismo sendo óbvio para todos que o resultado desta acção que se chama terrorismo de Estado só tem um objectivo que é fazer incendiar mais e intermináveis rastilhos para a morte em ambos os lados e permitir com isso o bloqueio de todos as negociações em curso, já de si tão fracas e humilhantes para a Palestina. Mas para o centro político do Império o terrorismo está no Afeganistão, está no Iraque, o Sadam é que era o tirano maldito que perseguia o seu povo e matava curdos (seria útil acrescentar que o Iraque era o país com os maiores índices de desenvolvimento em todo o médio oriente à altura da primeira guerra do Golfo em 1990). O Estado de Israel perpreta diariamente, com a impunidade completa e a impotência da comunidade internacional indignada, os crimes mais hediondos contra a humanidade (a perseguição e tentativa de extermínio de um povo não tem outro nome). Os Estados Unidos da América são o país com o maior arsenal de guerra do mundo (é lá que se devem procurar as armas DM) são o estado que decreta a perseguição e eliminação imediata de pessoas voltando ao far west da sua história. O país onde os números de pessoas mortas em actos violentos não têm comparação com nenhum país do mundo.

Mas, como nos diz José Lamego, quem atente contra ele, por formas que achemos legítimas ou não, não lhe está a resistir nem a opor-se-lhe, está a tentar acabar com a igualdade entre homens e mulheres e lutar contra a separação entre Estado e Igreja. Lógico, faz todo o sentido.

segunda-feira, março 15, 2004

"Nada é mais importante que a segurança"- disse Nuno Rogeiro no rescaldo de Madrid- e acrescentou que nenhum esforço será de menos, que qualquer custo é sempre pouco para garanti-la. As favelas e os condomínios de luxo guardados até aos dentes de grades, câmaras de vídeo, polícias privadas. Ou então um Muro como se a História não tivesse acontecido desde a construção da Murallha da China. A acompanhar esta sinfonia vêm os violinos afinados da civilização que urge defender, como em Nova Iorque, tenta-se fazer dos corpos das vítimas cimento que sustente a ideologia do império. A ideologia que grita que este ataque é um ataque aos nossos valores-como discursou Marques Mendes no dia 11- como se os valores da vida e da paz fossem património de parte "democrática"da humanidade. Como se o Bem não fosse um valor universal, apesar dos canalhas. Como se uma bomba ou um avião contra uma torre traçe qualquer linha divisória entre culturas a não ser aquela que se desenha desde aí entre os que costroiem o império e aqueles que o recusam. Quem alimenta o discurso do Nós/Civilização/Ocidente coloca-se no mesmo campo dos que carregam mochilas com explosivos. No campo em que o Outro é o inimigo a abater, no campo dos fanáticos que tão bem e interminavelmente se alimentam. Ariel Sharon precisa dos bombistas suicidas para avançar legitimamente para a anexação. Bush precisa do 11 de Setembro para fazer avançar o Império.
GOOD BYE!

terça-feira, março 09, 2004

SOMINCOR - CONCURSO OU ARRANJINHO

A assinatura do contrato promessa de compra da Somincor pela Eurozinc, na semana passada, veio culminar um processo que suscita as maiores dúvidas. A primeira é que num concurso internacional em que foram avançados nomes como a Noranda, a brasileira "Vale do Rio Doce", a finlandesa Otokumpu, a canadiana First Quantum, a Inmet Mining e a Gallipoli, só a Eurozinc concretizou a sua candidatura. Estranho, já que não está em causa o valor das reservas de Neves Corvo e a própria Eurozinc se diz vocacionada para a prospecção mineira, como tal deve conhecer bem o valor dessas reservas. Porquê, então a desistência dos outros concorrentes, a que há a somar a do grupo australiano Murchison, interessado na Somincor desde 2002?


A primeira coisa a esperar seria a anulação ou, no mínimo, a suspensão do concurso, em nome dos interesses estratégicos do país, numa região deprimida em que a Somincor é o maior empregador e o maior exportador. Mesmo numa perspectiva economicista, seria natural espicaçar a concorrência pela mais rica mina de cobre da Europa, com grandes reservas de estanho e zinco, numa altura em que a cotação destes metais está em alta - é a regra elementar de qualquer leilão. Mas não, o governo decidiu entregar a Somincor ao único concorrente que, assim, se limitou a oferecer um valor pouco acima da base de licitação - 115 milhões de euros - quando, no primeiro semestre de 2003, a Somincor gerou receitas de 45,2 ? e tem um activo superior a 250 milhões ?.


Ora um concurso com um único concorrente não é digno desse nome: é mais apropriado chamar-lhe arranjo, um 'arranjinho' típico deste governo dos lobbies que, em nome do combate ao défice, tem apadrinhado negociatas como as da Falagueira - Pereira Coutinho e a venda das dívidas ao fisco e à segurança social ao Citigroup por 15% do seu valor. No caso da Somincor, vale a pena traduzir os 118 milhões de euros: 23,6 milhões de contos, uma verdadeira venda ao desbarato que não dá sequer para cobrir as isenções de impostos concedidas pelo Estado à Rio Tinto Zinc.


Infelizmente, a Eurozinc não é para nós um ilustre desconhecido: comprou há dois anos as pirites de Aljustrel mas mantém a mina encerrada, alegando que o preço do zinco ainda não subiu o suficiente e que a sua cotação é em dólares, quando o euro está demasiado alto e as despesas se pagam nesta moeda. Até os efeitos da política monetarista europeia e do pacto de estabilidade se viram contra o Alentejo. E o mesmo pretexto pode vir a ser utilizado, amanhã, na Somincor. Mais preocupante ainda, a Eurozinc só é dona de duas minas em todo o mundo: a de Aljustrel e outra no estado norte-americano do Utah, ambas encerradas. O que faz aumentar a suspeita de estarmos perante uma espécie de testa-de-ferro de interesses especulativos que se movimentam nas bolsa internacionais, à revelia de uma exploração sustentada dos recursos mineiros e da região.


Num recente debate sobre o futuro das minas, realizado em Castro Verde, vieram-me à memória as palavras do engenheiro Soares Carneiro, presidente do CA da Somincor em 1999, na primeira visita que fiz a esta mina. Disse ele que a formação dos preços na bolsa de metais de Londres só depende em 10% de factores como os custos de produção ou da oferta e da procura, com a abertura de novas minas na China ou na Indonésia; 90% são pura especulação bolsista, como tal à mercê de crises como as que varreram os mercados de capitais da Ásia, da Rússia, do México ou da Argentina.


O governo PSD-PP quer entregar às leis selvagens do mercado o destino da principal empresa da nossa região, com mais de 700 postos de trabalho que o caderno de encargos permite despedir até 10% ao ano. Ou seja, em dez anos podem ser despedidos todos os trabalhadores, quando as reservas conhecidas em Neves Corvo vão, pelo menos, até 2030. No meio de tudo isto, soam ridículas as garantias contra a lavra gananciosa repetidas neste debate pelo governador civil e pelo representante do PSD, quando ela foi praticada mesmo quando o Estado detinha 51% do capital.


É urgente exigir a suspensão do contrato-promessa, quando a Eurozinc ainda não apresentou as garantias bancárias para a concretização do negócio. Mesmo que haja lugar a indemnizações, estas serão sempre um mal menor face ao verdadeiro crime de lesa-património público que está prestes a consumar-se. Face à habitual intransigência da direita no governo - patente no caso do aborto - é precisa a resistência e a união das populações, das autarquias e de todas as forças vivas da região, em solidariedade com os mineiros. Para prevenir um desastre social e ambiental como o da Mina de S. Domingos, é tempo de dizer BASTA!

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Alberto Matos - Crónica semanal na Rádio Pax - Beja - 09/03/2004
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sexta-feira, março 05, 2004

adensa-se uma tempestade, não por cima de nós mas uma breve ameaça, uma súbita suspeita e suspensa entre as nossas mãos. O som cadenciado dos carros lá fora também podia ser o das ondas do mar a bater ou a cair no asfalto deserto do fim do dia.

sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Medidas

Numa esplanada com sol, chegam pessoas, com elas um anão. Cá fora crianças de palmo e meio:
- Aquele homem fica sempre pequenino.
-Sempre? E à noite?
-À noite e quando vai dormir. Fica pequenino a semana toda.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

o blogpatrol.com parece o inter-regional, pára em todos os apeadeiros, encrava e faz marcha-atrás!

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

As comparticipações em actos médicos da caixa teriam de tendecialmente aproximar-se das dos outros sub-sistemas de saúde, e para isso o governo decidiu baixar as comparticipações nos funcionários públicos-adse. É como querer aproximar a reforma mínima do salário mínimo optando por nunca aumentar este último. Há um abaixo-assinado de protesto para os funcionários públicos, se é o seu caso, está aqui

domingo, fevereiro 15, 2004

lembro-me do boião de cola nas mesas altas, a bic pendurada na ponta de um cordel, entretanto fizeram obras nestes ctt para que ficasse mais feio e menos eficáz, depois de um ano a funcionar numa rulote perto da rotunda onde em tempos esteve uma praça de touros. Algumas coisas melhoraram, as máquinas de selos com balanças, agora tiramos uma senha e vamos tomar café enquanto as 50 pessoas à nossa frente são atendidas, depois contornando o expositor da optimus e a máquina das coca-colas, um vislumbre rápido ao quadro vermelho onde passam os valores da bolsa dos ppr`s chegamos ao balcão onde está por vezes o sorriso que sobrevive ao contrato precário, ao trabalho que antes era feito com mais três colegas e lembro-me do chefe da estação a recomendar envelopes.

terça-feira, fevereiro 10, 2004

"A 29 de Fevereiro a Vodafone procederá a uma actualização de tarifas em 2% tem em conta a taxa de inflação prevista. Mais informações ligue gratuituamente o.."

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

No filme 10 de Kiarostami uma das personagens mulheres rapa o cabelo escondido pelo lenço como forma de luto por um desgosto amoroso, a avó de um amigo havia feito o mesmo 70 anos antes de fugir para Lisboa desse desencontro com o amor. Aquiles arrancava os cabelos enraivecido pela dor da perda. Aos noviços dos templos budistas é cortado o cabelo logo no primeiro dia para que este não seja, como forma distintiva, um meio para a vaidade. Aos soldados e aos meninos piolhosos também. Que haverá de tão misterioso no cabelo que eu não possa resolver de vez numa das idas tortuosas ao cabeleireiro?
Numa entrevista feita por dois estudantes de cinema (José Neves e Lopes) a César Monteiro perto de 1997, exibida em bruto na Ler Devagar há uns tempos, perguntavam-lhe se ele tinha algum fetiche com a música pimba. Acho que o César Monteiro estava bem disposto e disse qualquer coisa parecida, numa cena de uma puta no palco do maxime`s faria mais sentido que Bruckner....mas pode-se dizer que sim, gosto. Gosto mais do Quim Barreiros do que dos Madredeus, pelo menos ele não anda a enganar ninguém!
Apoiado, antes a Ágata que Delfins, o original e honesto contra a recauchutagem desonesta.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

José Álvaro Morais
um peixe na Lua.


da terrível presença



Eu quero que a água fique sem álveo.
Eu quero que o vento fique sem vales.

Quero que a noite fique sem olhos
e meu coração sem a flor do ouro;

que os bois falem com as enormes folhas
e a minhoca agonize de sombra;

que reluzam os dentes da caveira
e os torpores do sirgo inundem a seda.

Posso ver o duelo da noite ferida
a lutar enroscada com o meio-dia.

Suporto um ocaso de verde veneno
e os arcos partidos onde sofre o tempo.

Mas não ilumines teu puro corpo nu
como um negro cacto coberto nos juncos.

Deixa-me uma ânsia de escuros planetas,
mas não me mostres tua cintura fresca.


Federico García Lorca

quinta-feira, janeiro 29, 2004

é possível arranjar este armazém sem ir buscar o manual de web desing. Os filmes não odecem todos ao ano de realização mas ao ano em que foram exibidos algures neste meridiano.

quarta-feira, janeiro 28, 2004

menções honrosas
óscares para 2003


João César Monteiro, como outros, dizia o público que se lixe. O público aqui não é o outro, o interlocutor, razão sem a qual a arte não acontecia uma vez que comunicação é ingrediente indissociável. O público aqui é o número. A estatística. Os segmentos de mercado a,b,c. O cliente, o consumidor, o contribuinte. E a esse como é óbvio o artista nada tem a dizer.

sexta-feira, janeiro 23, 2004



Hoje foi um passo, não um fim. A maior greve de sempre na Administração Pública. Regime tem de renegociar e recuar na senda de destruição da justiça, do ensino, da saúde, da segurança social.

domingo, janeiro 18, 2004

o suicídio é proibido não se conhecendo nenhum castigo para os infractores, com ou sem sucesso, o capacete na cabeça de quem conduz motociclos é obrigatório porque o Estado zela pela vida dos seus, deve o Estado zelar pela vida que é criada no corpo de outra vida, deve exigir a este a anulação da sua autonomia? O Estado exige cidadãos autónomos, responsáveis pelos seus actos, base sem a qual não havia o Direito, sobre o qual aquele assenta. Alienar o corpo da mulher à decisão do Estado sobre a sua reprodução é retirar-lhe direitos que lhe conferem, neste sentido, o exercício (pleno, como se ouve dizer) da cidadania. Resquícios do patriarcado que de forma subterrânea estão na base e moldam grande parte das discussões e argumentos que se têm lido.

Lembrando-me do padre Mário de Oliveira, Deus não exige que o seu povo seja obediente a ordens que não deu, Deus exige do crente que aja em consciência.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Fumar tira tempo de vida. Enquanto se fuma não se pode fazer uma série de coisas.

domingo, janeiro 11, 2004

Terrorismo
mais uma estreia de um texto dramatúrgico no país. Encenado e editado pelos Artistas Unidos. Em boa hora este grupo encontrou (por enquanto) casa no municipal Taborda. Em boa hora trouxeram sangue fresco à companhia para este genial elenco. Um texto muito bom. Uma encenação pouco ousada, talvez porque Jorge Silva Melo seja contrário à ideia de haver Um Encenador.
Tragam mais presniakov`es. Bravo!