Ainda há romãs. As folhas da árvore sagrada foram mudando de cor até às superfícies da emoção. Os temporais estão a fazê-las cair, andámos a colectar algumas já podres do chão, há uma teimosia diferente este ano nesta árvore . Resistem para lá do seu tempo as folhas, os frutos foram em demasia, deram para os pássaros, para nós, para as formigas, para doces de inverno, e ainda ali estão alguns, secos, impedindo a árvore de se calar.
A figueira do lado foi cortada, grandes chuvadas fizeram-na tombar e acabou levada cerrada depois de tantas estações, depois de resistir a tanto ódio humano. As árvores são maiores que nós, ultrapassam-nos em tempo, em utilidade também na maioria das vezes. Mas não viemos aqui falar do que é útil. Nem estamos perto de saber o que isso significa.
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