a casualidade, ou não, da nossa existência neste tempo e a coincidência da contemporaneidade de todos, para além de nos unir no acaso solar, já há algo de importante que temos em comum, estarmos vivos ao mesmo tempo, pode ser também um azar ou uma sorte do caneco, se antes se trabalhava -a grande maioria- de sol a sol, já não seremos os afortunados quando chegar o fim-de-semana de três e depois quatro e depois cinco dias. O acaso pode aceitar-se só para o aparecimento aleatório no século XX, XV, XXX, ou I24ªera, e não já para o facto de termos de trabalhar ou não. Provavelmente o nosso fim-de-semana tem 2 dias porque não merecemos mais e/ou não sabemos que fazer dele quando ultrapasse esse tempo. Ainda não há tempo livre há só tempo de descanso do trabalho. E não o contrário porque nascemos precisamente no tempo(histórico,humano) da escravidão. O trabalho libertará quando for escolhido. Serão outros a fazê-lo, não só porque nascerão em tempo diferente mas porque terão de ser diferentes. Mas não serão diferentes, nada deles será se não formos nós a soltar os estertores da miséria, se não tornarmos produtiva a cólera do síndrome de segunda-feira.
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