a tinta, fresca ou nao, pode servir para colorir todos os muros da cidade, do suburbio, clandestina poe a prova mecanismos securitarios disfarcados de liberdade para acabar de vez com ela a_tinta@hotmail.com
quarta-feira, novembro 09, 2011
Boris escreveu. Diz que pode ser feliz em 66 m2 em Lisboa. Que por entre os carros consegue ouvir os pássaros. Que os ouve, sempre. Não me enviou o seu endereço por isso não pude responder-lhe e contar-lhe das chuvadas que derrubaram os muros que ainda há três anos arranjáramos. Nem contar-lhe que perdemos castelos e aldeias inteiras a norte. Que a memória é curta e todos se esquecem que a crise tinha chegado há algum tempo e não é de agora que os bancos jogam na roleta as nossas vidas. A crise é mais permanente que nós. E seremos sempre poucos, uma minoria, abandonada, solitária a maior parte da vida. Traída pela maioria que de quando em quando, famélica, se virá juntar aos insurrectos, um pouco mais nutrida aos seus algozes.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário