terça-feira, janeiro 10, 2012

Janeiro com pássaros

Hoje pedi ao pisco de peito ruivo que cantava ao amanhecer que fosse ter contigo, que te acordasse também. O pássaro voltou no meio do dia, pousou sob o sol e a sombra das árvores na cerca do jardim e ali ficou, para que o visse. Pequeno, nervoso.
..............................
Se houver sol nos dias de Janeiro ele traz-nos uma luz como nenhuma outra. Aperto-a bem. Semicerro os olhos com ela como se o solestício não trouxesse esperança alguma ou como se os dias pudessem, de alguma forma inexplicável, não suceder-se como a natureza os programou.

quinta-feira, janeiro 05, 2012

tempo, sempre o tempo

Este ano perdi dois relógios. Não lhes tinha amor porque esse ficou num relógio que perdi a descer uma ravina há uns poucos de anos atrás. Nessa altura ainda o tempo não me fugia de forma descontrolada por isso foi só um objecto com a sua história particular que desapareceu. Perdemos mais coisas entretanto, uma determinada noção da realidade e coisas que nos fogem da vista por momentos e descobrimos que a sua falta nos estangula. Mesmo que seja uma fada. Do Ar.