segunda-feira, junho 25, 2007

É uma viagem, seja como for. Agora detemo-nos mais em apeadeiros e plataformas abandonadas às moscas do verão. Há ervas que crescem junto ao carril. Seguimo-lo até à orla mais próxima ou ficamos a balançar os pés no muro da estação?

sábado, junho 09, 2007

Vou sair. Ter com Santo António. Não é que queira casar mas encontrar um milagre que resulte por estes dias.A minha pele está fora de sítio. Sinto-a, desconfortável, despegada aqui e ali, as comichões.A luz começa a ficar abrupta e impiedosa a partir desta altura. Por isso a cidade se esvazia. Aos poucos.
Boris já nao bebe a cerveja checa, o dinheiro mal dá para as portuguesas. Está a tentar escolher ou perceber se a vida é odisseia ou peregrinação.

sexta-feira, junho 01, 2007

Ela sabe. Tem nas mãos uma chave. Entra. Depois do mais difícil a chave desaparece entre as horas em que se perde. Entre as mãos que, nela, iluminam o mais pequeno gesto.
A rua termina noutra rua. Dissolve-se contra um muro como uma onda falhada. Mas há mais direcções a tomar. A rua começa e acaba em encruzilhadas.